14 de fevereiro de 2011

O dia em que as flores forem em preto e branco.
























Vou chorar lágrimas de gás,
respirar a fumaça da evolução,
pedir uma migalha de paz,
cavar no asfalto em busca de chão.
Mergulhar na massa de aguá gelada,
ouvir o ranger da árvore clamando,
sufocar minha alma calada,
com um mundo verde sonhando.

Naves tombando no espaço,
tanques ferozes explodindo.
O computador sentindo cansaço,
e a ideia humana sumindo.

Escravo da própria invenção,
morressem ter como sepultar,
envenenado pela podre poluição,
sem ter como e poder amar. 

Robôs cantando lindas estórias,
e não sabendo admirar.
Se estragar, falha a memoria,
falta o senso de rir ou chorar.

Um sonho de um grande passado,
de um céu azul como manto.
O plano do progresso falido,
no dia em que as flores
forem em PRETO BRANCO.

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